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domingo, 27 de novembro de 2011

Um instante só meu


A noite vem chegando
E o sono se atrasou
Os dias vão passando
E eu aqui parada estou
Um devaneio de desejo
Apenas um devaneio.




By: Adma


30 minutos


Entre por essa porta agora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida




By: Adma

Ex-Poeta


Um poeta solitário
Decidiu não mais sofrer
Escrevia sobre o amor
As formas mais lindas de amar alguém
Falava tão bem assim, por que um dia ele mesmo amou
E por que solitário?
Porque um dia esse amor o deixou
E porque não mais escrever?
Porque ele se cansou de patrocinar o amor alheio
Enquanto ele sofria por um amor que um dia não mais o pertencia.





By: Adma

Sua canção em mim


Hoje pensei em você
Um longo momento de padecer
O dia que vem chegando ao fim
Da minha janela vejo o sol partir
A bebida gelada, canção preferida
Fico da minha janela esperando a noite surgir
Para me fazer companhia
A companhia que não tenho mais de ti
O sol nasci em minha mãos
Evito tocar a canção
Mas ela não sai da minha cabeça
Quando caio em si, já estou tocando ela para mim
Repetidas, repetidas vezes, até ficar desnorteada
Até a canção já não causar tanta dor, tanta raiva





By: Adma

De hoje em diante "Pensamentos Jogados" terá mais um pensador, Adma Gabriela.
Espero que gostem.

Abraço.

Não deixem de comentar.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Volante e Retrovisor


Suas mãos no volante faziam seu olhar fixo na estrada, no banco ao seu lado, com os pés sobre o porta luvas, só fazia lhe tirar a atenção e roubar alguns sorrisos.
No retrovisor, vejo placa, vejo o tempo, vejo vaca.
Queria eu ter o tempo que ela tem, queria não ser apenas seu refém.
O tédio me tomava às vezes e ela, como minha heroína, encontrava um CD entre os que eu mexia, sem desviar os olhos da estrada, pegava-o e coloca para ouvirmos, desviava o olhar para encontrar os meus por um instante e piscava-me, dando-me aquele lindo sorriso.
As músicas eram todas aquelas que me davam frio na barriga e me faziam olha-la com aquele olhar bobo de que ela tanto zombava.
Sorriamos enquanto a grama e a areia se misturavam na paisagem deserta.
Em meio a esses detalhes, encontrava sempre a resposta para suas mãos leves e firmes no volante que nos guiava.
Você dirigia o carro
Aquele bom e velho que conta nossas historias, ainda que fazendo barulho e dando dor de cabeça, era nosso e nos fazia bem.
Ele conta como as coisas não eram fáceis, mas eram divertidas.
Como tudo nos fazia rir e brincar e como o mundo era simples, pois a felicidade estava em nós.
É... agora você está em algum lugar vivendo sua vida com suas rotinas e eu ainda na estrada procurando fragmentos de felicidade para reaprender a sorrir.
Agora sou eu quem dirige o bom e velho.
Engatando a marcha e olhando para o retrovisor do vermelho recém polido, vou para perto das coisas boas.
Para perto de onde queria não ter saído, meu mundo particular onde a felicidade só depende de mim e mais ninguém.
Ainda me vem as memórias de quando a felicidade dependia de nós, mas este pedaço da estrada ficou para trás, a milhas e milhas de distancia, no mesmo ponto em que você decidiu desembarcar de nossa viagem que não pretendia acabar.
Não olhou para trás nem ao menos para secar minhas lágrimas que escorriam dos olhos cansados de alguém que só a observou ir embora.





By: Tbynha