Total de visualizações de página

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

De terça pra quarta

Terça a noite. Já deve ter passado das três, mais estou confuso e bêbado demais para entender as horas do relógio na parede desse bar.
Ela ri da minha confusão encostada numa mesa próxima ao balcão que estou encostado. A encaro com uma expressão séria e ela parece não se importar, continua rindo e parece estar tão ou mais bêbada que eu.
Então ela se aproxima e me beija, sorrio e a beijo mais e mais.
E minutos depois estamos em casa, mais precisamente no chão da sala, rolando e derrubando coisas, se sentindo e completamente nus.
Quarta-Feira. Que dor de cabeça horrível! Olho no relógio e já passam das quatorze horas, estou jogado na cama com um perfume novo misturado ao odor de Menta, Martine e libido.
Deito de novo com um sorriso bobo, olhando para o teto pensativo.
“Que doce loucura.”
Penso, ao ler um bilhete escrito de batom em meu espelho, que trazia um “Adorei a noite! Meu desconhecido gatinho.”
Nem um nome foi dito, apenas aquela sensação de gozo e aquela lembrança de olhares que certa vez se cruzaram.



Nenhum comentário:

Postar um comentário