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domingo, 13 de março de 2011

Ranger de dentes

Uma luz repentina ilumina meu quarto
É um ato de sandice dizer
Mas esses trovões dizem coisas que me fazem tremer
São como vozes misturadas aos tambores dessas nuvens carregadas
 E observo que nos quatro cantos desse quarto escuro existem longas escadas

Não importa o quanto eu me agarre ao colchão
Meu corpo não me obedece e sempre volto ao chão
Vou em direção a uma delas em especial
E quando desperto estou em um corredor branco de hospital
Uso roupa de paciente e logo a diante observo o tumulto de muita gente
Aproximo-me e vejo que suas bocas se movem como se gritasse, mais som algum ecoa
São médicos e medicas enfermeiros e enfermeiras e na maca uma pessoa

Mais adiante seguranças impedem outras pessoas desesperadas de passar
Mais elas não tem rosto e dizem coisas que não posso escutar
Ouço ranger de dentes e uma maca passa ao meu lado com estagiários que parecem não me notar
Vejo abalado quem esta ali deitado
Sou eu mesmo pálido e um tanto azulado
Como posso estar ali se estou aqui em pé paralisado?
O outro eu abre seus negros olhos mostrando os dentes e sorri de um jeito apertado
Salto da cama como alguém que acabara de ser empurrado
Olho tudo em volta e assopro o ar aliviando meus pulmões
 Pois tudo não passou de um sonho em uma noite chuvosa e cheia de trovões




Um comentário:

  1. Caraca... Muito maneiroo.
    Vejo abalado quem esta ali deitado
    Sou eu mesmo pálido e um tanto azulado
    Como posso estar ali se estou aqui em pé paralisado?

    Ow god! uauhahua

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